segunda-feira, 16 de junho de 2008

Uma Pedagogia Antimétodo - A Perspectiva Freiriana

domingo, 15 de junho de 2008

Reflexão da Ficha de Leitura

Donaldo Macedo, através desta sua produção textual, apresenta-nos reflexões, laivos de pensamentos pertinentes e delatores de uma sociedade contemporânea que se assume cada vez mais assimétrica e exclusiva socialmente, onde os factores determinantes são o fervor económico, o poder social e a manipulação de capital humano de uma forma desumanizante, em prol de uma satisfação e ascensão individual.
Demonstra-se possuidor de uma perspectiva circunscrita e, diríamos até, obsoleta, quem encara que problemáticas originárias ou maioritariamente características do Terceiro Mundo, se aglutinam por excelência nos países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. Afinal, não estamos na era da globalização? Tudo se desenvolve, expande, desdobra a uma escala universal e a ritmo exponencial; não só as actualizações e inovações tecnológicas, bem como as consequências e malefícios de práticas e teorias instrumentalizadas de um Homem que se arroga possuidor e, acima de tudo, controlador do Mundo. A sua infindável ambição avarenta, emprega políticas neoliberais que se demonstram a um primeiro alcance libertadoras e proveitosas para o indivíduo, na medida em que lhe oferece uma possibilidade superior de escolha, de investimentos, circulação financeira, etc., mas que se revelam, simultaneamente, exploradoras/opressoras daqueles que se encontram num status quo inferior, com baixos níveis de literacia e formação profissional e descuradoras da dignidade humana, não vendo a saúde e a educação como pilares primários à nossa existência. Inoportunamente, esta realidade verifica-se a um nível global, mesmo no território de potências hegemónicas, como os Estados Unidos. Torna-se indispensável e basilar tomar medidas para combater estes factos. Uma das possibilidades que comummente tem sido operada, é a acção fundamentada numa das pedagogias de Paulo Freire: “A Pedagogia do Oprimido”. Esta faz sentido nas “(…) cidades do Terceiro Mundo, com elevados níveis de pobreza, de violência, de iliteracia, de exploração, de pessoas sem abrigo e de toda a espécie de miséria humana.” (MACEDO, Donaldo, p.14) e deve ser fomentadora da autonomização e emancipação do indivíduo oprimido, sendo-lhe facultada a educação como ferramenta reflexiva da desigualdade social, moldadora da realidade e incitadora de uma consciência política. No entanto, quando aplicada a outros contextos, mesmo que com condicionantes análogas, esta deve e tem de ser adaptada às especificidades da população. Assim, o pedagogo, Paulo Freire, comunica: “Donaldo, eu não quero ser importado nem exportado. É impossível exportar práticas pedagógicas sem as reinventar. Por favor, diz isso aos educadores dos Estados Unidos. Incentiva-os a recriar e a reescrever as minhas ideias.” (MACEDO, Donaldo, p.16). Pois elas muitas vezes não são adoptadas da melhor forma. Frequentemente, os educadores vêm a partilha de experiências como um acto de “psicologização”, de libertação individual e proporcionador de um conforto interior. Contudo, revela-se infrutífero por não passarem disso e não activarem mecanismos políticos propícios à mudança. Outro acontecimento generalizado não menos pertinente, a título de exemplo, é o “simples” episódio de os educadores discorrerem com palavras demagógicas, pseudocríticas e falsamente libertadoras. Afirmam a urgência de empowerment (capacitação, autonomização) dos seus educandos, apenas num trajecto em que não lhes seja retirada a posição de superior e superentendido (que consideram legítima e inexorável) e a sua condição privilegiada.
Em tom de conclusão, a “pedagogia antimétodo” de Paulo Freire, para nós revê-se numa das lições que fomos interiorizando até então, ao longo da nossa diminuta experiência académica: para a construção do humano não existem posologias, não existe rigidez, nem determinismo. Devemos atentar o outro, as suas carências e não ter uma conduta impositiva. É extremamente importante sermos flexíveis, ter atitudes de plasticidade, ponderação, criticidade e, sobretudo, sermos humildes, reconhecer incorrecções, desacertos, erros, o outro e que o trilho a percorrer é uma aprendizagem contínua.




“Uma pedagogia antimétodo. A perspectiva Freiriana.”, de Donaldo Macedo, in Educação e Poder

sexta-feira, 6 de junho de 2008

SUBTILEZA DOS SENTIDOS

O inocente conjunto de ténues imagens que compõem "Subtileza dos Sentidos", aspira a sensibilização de cada pessoa, de forma a que estas apreciem e observem mais delicada e atenciosamente cada pormenor físico e afectivo que a vida lhes propõe e oferece.
Cada imagem, captada pelo grupo, teve em vista granjear a beleza do pormenor e o mérito da diversidade individual dos fenómenos que ocorrem, não só de forma inata na Natureza, mas também através da vontade do ser humano e das supas capacidades e habilidades.
Pensemos na violência e irascibilidade que afectam cada vez mais o mundo que habitamos; na frieza, individualismo, materialismo e indiferença que de nós tomam conta sem, muitas vezes, darmos por isso. Porque nos é tão árduo e custoso falar de coisas bonitas e realmente importantes como os sentimentos, inerentes à essencia de nós mesmos?
O podcasting produzido e, de seguida, exibido, aspira a lembrar-nos o quão importante é sermos nós mesmos, tendo em pensamento o atingível do inatingível: nós mesmos e o que sentimos.

domingo, 18 de maio de 2008

Podcasting

domingo, 4 de maio de 2008

O Contexto Institucional UM - A 'migração' para a net

Laboratórios Virtuais

“Tendo por base um computador, os alunos de disciplinas abrangidas pelo projecto vão ter oportunidade de aceder à realidade laboratorial. “ Os conteúdos em desenvolvimento serão um complemento importante para as disciplinas com as aulas laboratoriais; (…) as ferramentas incluem simulação animada de experiências com clipes de vídeo e áudio, diagramas animados de instrumentos, monitorização e controlo remoto de experiências reais através de uma interface web. (…) “o software” permite igualmente que os estudantes tenham acesso a experiências que, pela sua dificuldade, perigosidade ou disponibilidade, não podem ser realizadas nos laboratórios [convencionais].”
in Jornal de Negócios, 18 de Abril de 2005

Repositorium

“Espaço para conteúdos da TecMinho/Universidade do Minho, constituído de armazenar, preservar, divulgar e dar acesso aos recursos didácticos e pedagógicos em formato digital produzidos na TecMinho e Universidade do Minho (apresentações, exercícios, questionários, packages, fichas pedagógicas, resumos, etc)."
http://gapi.tecminho.uminho.pt/portaltecminho/

Repositório de e-conteúdos

"O projecto POAW baseia-se numa utilização avançada das TIC e tem como principal objectivo criar uma série de conteúdos educativos, em formato learning object (objecto de aprendizagem — OA), a disponibilizar na Internet, em repositório de acesso livre, semelhante ao RepositoriUM, da responsabilidade dos Serviços de Documentação da Universidade do Minho."
In, Revista de Educação
http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-91872007000100012&nrm=iso&tlng=pt

Iniciativa Campus Virtual

"A reorganização do projecto «e-U Campus Virtugal» a nível nacional, tendo por motivação a motivação plena na rede europeia “eduroam” a melhoria dos mecanismos de segurança de rede vai implicar a alteração das configurações de acesso à rede sem fios. Com as novas modificações fica assegurada a mobilidade dentro das instituições europeias aderentes à rede «eduroam» sem implicar qualquer alteração de configurações quando em mobilidade. Os novos mecanismos de autenticação e cifragem utilizados, asseguram maior segurança na privacidade e comunicação aos utilizadores da rede."
www.campusvirtual.uminho.pt

sábado, 3 de maio de 2008

Ambientes Tridimensionais de Simulação (Second Life)

Actualmente, existem vários ambientes tridimensionais de simulação. Entre eles, e provavelmente os mais usados e conhecidos, encontram-se o SYMS e o Second Life (SL).

Este último, talvez o mais interessante, simula, numa ambiente tridimensional on-line, aspectos da vida do ser humano. Pessoas reais controlam no simulador personagens animadas, por elas criadas, que não têm quaisquer limites: frequentam concertos, discotecas, casinos, escolas, etc. Fazendo actividades tão variadas como o desporto, compras ou sexo, tudo num ambiente virtual.


Este simulador poderá ter aproveitamentos tão vastos que vão desde o simples jogo, ao comércio, funcionar como rede social ou até como ferramenta educacional para Educação a Distância. Esta possibilidade de utilização deste ambiente por parte da Educação já levou a que vários investigadores se debruçassem sobre esta temática. Defendem mesmo que está prestes a dar-se uma revolução ao nível deste tipo de Educação. Universidades como Harvard e Oxford e até empresas já utilizam o SL para fins educacionais e até Universidades portuguesas como a Universidade de Aveiro tem actualmente presente este simulador como parte integrante da formação.

Um outro dado de relevância, no que toca a Educação no SL, é a crescente polarização de empresas e institutos que oferecem a possibilidade de alunos aprenderem línguas estrangeiras como o Inglês através.



Video ilucidativo do que é e do que regularmente se faz no SL. Podem-se observar elementos caracteristicos do simulador como a publicidade de empresas reais, uma ida a uma aula e uma festa on line.



quinta-feira, 1 de maio de 2008

Software Livre

O termo Software Livre provém da ideia de liberdade na troca de conhecimentos, pensamentos e informações.

Os programas de computador podem ser copiados sem se perderem e a distribuição dos mesmos deve ser sinónimo de evolução e desenvolvimento. Assim o Software Livre, também designado por Open Source, rege-se pela autonomia na utilização e execução de software para qualquer uso. São exemplos de Open Source os seguintes projectos: Linux, Mozila Firefox, Apache HTTP Server, Perl, ClamWin, MemTest, eMule, Free Download Manager, Icon, Euphoria, Audacity… À utilização do Softaware Livre deve corresponder uma série de utilidades. A Free Software Foudation é, então, uma organização que existe com o objectivo de promover a utilização do Open Source ajudando a desenvolver o sistema operacional GNU e suas ferramentas. A GNU concede ao utilizador os direitos de executar o programa para qualquer propósito, estuda-lo, adapta-lo, aperfeiçoa-lo e distribuir cópias de forma a beneficiar toda a comunidade.

As plataformas de gestão de aprendizagem, são também um bom exemplo da utilização do Software Livre, nomeadamente o Moodle - Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment. Sendo uma ferramenta de apoio à aprendizagem online, o Moodle refere-se ao trabalho em equipa e em regime de colaboração. Pode definir-se como um sistema de administração de actividades educativas que, criando comunidades em ambiente virtual, tem revolucionado o processo de ensino/aprendizagem permitindo ao aluno e ao professor, de maneira simples, integrar-se num curso online e ter acesso rápido aos conteúdos do mesmo.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Reflexão Sobre as Implicações da Temática Abordada no Filme Epic 2014 no Quotidiano na Educação

O filme Epic 2014 poderá ser bastante controverso. De facto, como é referido no início “ é o melhor dos tempos, é o pior dos tempos”. Poderão ser destacados pontos positivos e negativos deste modelo de informação e configuração da Internet quer no nosso dia a dia quer nas aplicações que poderá ter na Educação e nos contextos educativos. Começaremos por apresentar os pontos que consideramos ser positivos: existe a possibilidade de acedermos a uma grande quantidade de informação personalizada, o que a um nível educacional poderá constituir uma mais valia na pesquisa e na busca de informação. A possibilidade de uma sociedade da informação livre, sem estar subjugada ao poder e à influência do “Quarto Poder” poderá ser uma vantagem aliciante deste tipo de modelo.

Quanto às consequências negativas, consideramos ser demasiadamente nefastas em comparação com as vantagens. Ao lermos alguns dos comentários no YouTube, referentes ao vídeo, constatamos que as pessoas se sentem assustadas e não muito interessadas num software no género do Epic. As desvantagens são claras: como é referido no filme grande parte da informação recolhida é baseada em factos falsos e fúteis, a informação torna-se irrelevante. A possibilidade de cada um “fazer notícia” pode constituir um outro risco. Será que a sociedade é responsável o suficiente para sustentar um sistema global de notícias baseado apenas na contribuição individual de utilizadores anónimos? O exemplo da Wikipédia, vezes e vezes vandalizada e com factos falsos, poderá ser a prova de que não.

O sistema Epic, utilizando as escolhas pessoais, os hábitos de consumo, interesses, dados demográficos, rede social e outros dados pessoais levanta questões que se relacionam com a falta de liberdade, invasão de privacidade, a crescente sensação de controlo, etc. Até que ponto as pessoas estariam dispostas a submeter-se a um controlo das suas acções, apenas para usufruírem de um sistema de informação e de sugestões comerciais extremamente eficaz?

quinta-feira, 17 de abril de 2008

O Potencial da Blogosfera Para Aprender

Educação é um processo permanente, ao longo da vida, por isso é um processo comunitário, na medida em que os seres interagem uns com os outros.

A blogosfera veio proporcionar comunidades de aprendizagem em rede com plena actividade, tecnologicamente simples e a baixo custo.

Cada vez um maior número de alunos e professores de todos os níveis de ensino, descobrem na criação de blogues uma outra forma de aprender, de ensinar, de partilhar, de publicar, de comunicar. Umas vezes fruto de entusiasmos ou curiosidades passageiras, outras vezes presenças consistentes e continuadas na web, os blogues criados e dinamizados por professores e/ou alunos são cada vez em maior número na blogosfera nacional, permitindo-nos já falar de uma blogosfera escolar portuguesa, cada vez mais consolidada, abrangente e diversificada, que engloba no seu seio um amplo leque de abordagens e práticas educativas (Gomes, 2005;Gomes e Silva,2006).

Uma das funcionalidades dos blogues é possibilitarem uma autoria múltipla, permitindo ter vários utilizadores como autores do blogues, podendo colocar mensagens (posts) próprias e comentar mensagens colocados por outros elementos.

O blogue constitui assim não só uma ferramenta de publicação mas também uma ferramenta de comunicação permitindo o desenvolvimento de projectos de colaboração e partilha mas também de debate e confronto de perspectivas. O facto de se tratar de um serviço online, é uma das grandes mais valias dos sistemas de blogues pois não só permite que possam ser consultados/ lidos a partir de qualquer ponto do mundo com acesso à Internet.

(Maria João e Lopes, António Marcelino)

http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/6487/1/gomes2007.pdf

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Dificuldades e Soluções Encontradas

Com o decorrer da aula, o grupo demonstrou-se bastante empenhado na realização da actividade. Foram repartidas as várias tarefas a cada elemento do grupo, assim, através desta metodologia, o trabalho revelou-se compensador e eficiente.
Relativamente às dificuldades sentidas, através da utilização da metodologia acima referida, o combate das mesmas tornou-se simplificado. O grupo cooperou nas dificuldades desde à gestão do blogue à sua personalização. Procedeu-se a uma pesquisa na internet para os possíveis layouts da página, bem como modelos de estética. Saber manusear um blogue é fundamental nos dias de hoje. É arte.

Descrição Breve do Processo de Criação do Blogue

Inicialmente, procedeu-se à criação de um e-mail de grupo para dar entrada a uma nova conta de blogue. Apercebemo-nos que o Blogspot.com (plataforma seleccionada pelo grupo de trabalho) dava preferência a contas de e-mail do Google (Gmail.com) mas, visto que todos os elementos do grupo possuem contas no Hotmail.com, vimos que existia um maior à vontade nesta “entidade”. Assim sendo, a conta de e-mail criada pelo grupo é a seguinte: tce2_grupo1@hotmail.com. Atribuímos como título de blogue TCE II – Quod Scripsium, isto é, TCE II referente à Unidade Curricular, a expressão latina Quod Scripsi referente a “penso, logo escrevo” e UM referente à Universidade do Minho.